terça-feira, 30 de abril de 2013

Descobrindo novos prazeres e redescobrindo antigos...

 Há um ano eu estava escrevendo sobre detalhes e mudanças na vida de uma pessoa... Pois bem, detalhes movem-nos, e eles fazem, sim, toda diferença, graças a Deus!

 Comecei o ano com quase 60kg! Tenho 1,56m, portanto, sessenta quilos é algo muuuito acima do meu  peso normal, e do ideal também. Fiquei arrasada e assustada.

 Não gostei do que vi, mas nunca tive o hábito de cuidar da alimentação. Nunca tive problemas com peso até que descobri que os trinta anos (detalhe!) fazem bastante diferença no quesito necessidade de maiores cuidados consigo mesma.

 E agora, como eu ia fazer? Nunca tinha comido frutas nem verduras!

 Ainda bem que eu sabia que não era aceitável estar daquele jeito. Mais do que isso, sobrepeso não é aceitável para ninguém, não adianta se iludir nem inventar desculpas (ressalva: essa é a minha opinião!)!

 Aí você pensa: ahhh, ela não sabe o que fala, não sabe como é difícil, afinal de contas, que são 60kg?... Realmente, não é fácil. Libertar-se das amarras que lhe prendem, preconceitos, conceitos, certezas, medos, fraquezas... Não, não é fácil. 

 Nos meus anos de terapia aprendi a associar tudo com drogas (guardadas as devidas proporções, outra ressalva). Tudo que você acha que não consegue superar é vício. Ciúme é vício, baixa autoestima é vício, comer muita besteira é vício. Você fica refém da situação em que está porque ela lhe traz algum benefício e só se liberta se tiver força de vontade. 

 Mas essa conversa de benefício daria um outro post e esse não é o foco. Só digo o seguinte, demorei a entender, mas entendi. A cabeça da gente é uma coisa séeeria e só o caminho do autoconhecimento pode lhe apresentar as respostas.

 Enfim, a verdade é que eu sempre busquei esse caminho e hoje colho os louros do meu "esforço". Cheguei aos meus desejados 51kg! A meta era atingi-los até 02/5!

 E o que fiz? Mudei meus hábitos! Houve sacrifício? Acredite em mim quando eu digo que NÃO! 

 Abandonei coisas das quais eu gostava porque parei de gostar delas. Elas não me faziam bem!

 A mudança está na cabeça!

 Ainda gosto de chocolate, mas ele não me é mais necessário! Como quando tenho vontade hoje porque minha vontade só me dá às vezes e eu me permito. O pessoal adepto da vida saudável chama de jacar e eu jaco, sim, quando estou a fim, mas de forma responsável e preocupada com o meu bem-estar.

 E foi aí que chegaram os novos prazeres! Descobri que AMO suco verde! Pode? Um negócio cheio de frutas e folhas? É uma delícia, assim como é uma salada bem feita. Sábado troquei uma lasanha por uma salada e só eu sei como fiquei feliz!

 E quanto aos prazeres antigos? Não teria emagrecido não fosse a ajuda de uma velha amiga, que andava esquecida dentre as coisas que iam preenchendo a minha vida: a natação! Que maravilha é sair da piscina com a sensação de dever cumprido. Qualquer atividade física pode lhe dar esse prazer, é só querer.

 Ufaaa, ficou longo hein? É que não estou cabendo em mim de tanta alegria. Ia dizer felicidade, mas feliz eu sou todos os dias. Hoje, estou mais alegre do que ontem e, com certeza, menos do que amanhã!

 Agora a meta é barriga de LCD e bunda coco! E, quem sabe, triatlo. Vamos simbora!

 Você também pode!

 PS: Enquanto estava escrevendo pensei em um povo que, sabendo ou não, foi essencial, em outras coisas também, mas especialmente, para que este dia de alegria chegasse. É claro que, no caminho, existe muita gente que ajuda (eu sempre penso que existe mais gente que ajuda do que que atrapalha), mas estes são "a cereja do bolo" na ocasião: Irainê, obviamente, porque eu finalmente compreendi a história do benefício; Roberta Gonzaga Makatche, um exemplo para mim, em quem penso sempre que entro na piscina; e o pessoal do No Limit, grandes parceiros na minha busca pelo autoconhecimento. Sem contar com aquela galera do instagram que nem me conhece, exceto a Edméa Kummer, mas que faz toda a diferença no mundo, cito Carol Buffara, Gabriela Pugliesi e o Blog da Debs. E eu não poderia ter esquecido a minha principal incentivadora: Jéssica, a quem amo demais! Beijos para todos!


sábado, 9 de fevereiro de 2013

Balzac e o Carnaval

O carnaval não vem despertando em mim bons sentimentos atualmente. Ando com aquela sensação de que uma festa de quatro dias não combina com responsabilidade.

Sim, já curti muito, até demais, não nego. Hoje, depois que Balzac bateu a minha porta, ou depois do casamento, ou depois que meu filho nasceu...sei lá, alguma coisa aconteceu e eu comecei a questionar essa febre que se chama carnaval.

Parece que a comunidade endoida. É como se diversão fosse a única coisa que existisse, ou como se, nessa época, tudo fosse permitido e não fosse haver amanhã.

Não, o fato de meu marido não gostar de carnaval não está me influenciando. Por algum tempo eu achei que estivesse. Moro em uma cidade "carnavalesca" e, no ano passado, cheguei a ir sozinha ver o carnaval no centro, porque, afinal, eu gostava de carnaval!

A verdade é que não vejo mais sentido em me divertir sem parar durante quatro dias! Ao contrário, acho um grande absurdo você parar um país durante quatro dias para o povo curtir a folia (ou seja, o circo, já que o pão é muito suado!).

Além da fila do supermercado, do trânsito infernal, ainda fiquei mais de uma hora na fila dos correios (isso mesmo, correios!), porque a instituição só iria reabrir na quarta-feira. Imaginem as filas dos bancos!

Para completar, minha funcionária faltou (obviamente, só que não, já que hoje não é feriado!) e nem a internet está funcionando direito! 

Eu poderia ir para o carnaval agora e esquecer tudo isso. Mas mesmo que eu fosse, a realidade não seria mudada. 

Ahh, eu estou de folga e só volto a trabalhar na quinta-feira! Mentira, tenho prazos para cumprir na quinta-feira que precisam ser feitos. E ainda que não tivesse, não sei se conseguiria relaxar sabendo que o combustível está custando quase três reais.

Sim, estou ficando velha. E estou achando muito melhor!

Nada contra quem tem o desprendimento de curtir quatro dias felizes. Sejam felizes, sim! É disso que o mundo precisa, e se quatro dias de festa bastam para vocês, ótimo! Para mim, não, infelizmente (ou não!).

E ele, meu "amigo" Balzac, estava no título porque encerraria este post. A citação abaixo foi extraída do livro "Tratados da Vida Moderna", mais especificamente do "Tratado dos Excitantes Modernos", no capítulo "Sobre a embriaguez":

Desde então compreendi muito bem o prazer da embriaguez. A embriaguez lança um véu sobre a vida real, desfaz o conhecimento das dores e das tristezas, descarta o fardo do pensamento. Compreende-se, então, como os grandes gênios puderam servir-se dela, e por que o povo a ela se entrega. Em vez de ativar o cérebro, o vinho o idiotiza. Mas, sem que possam ser acusadas de um vício tão vergonhoso, muitas pessoas, desejosas de obter dois resultados, tentam levar uma vida elegante com economia. Essas pessoas certamente atingem um objetivo: são ridículas.  

Bom carnaval!